Geral - Agronegócio já reconhece que é possível produzir sem desmatar
Data:
05/05/2010
Apesar das críticas ao Código Florestal, setores ligados ao agronegócio já estão percebendo que é possível aumentar a produção de alimentos sem a necessidade de abdicar das áreas de proteção ambiental, só com investimentos para aumentar a produtividade.
"Podemos continuar produzindo sem precisar desmatar, só com a intensificação do uso da terra", afirma Glauber Oliveira, presidente da Associação de Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja).
Oliveira, que participou do Fórum Estadão Centro-Oeste, ontem em São Paulo, afirmou que em todo o Mato Grosso existem 26 milhões de hectares de pastagens, já degradadas, que podem ser utilizadas para produção de alimentos e de biocombustíveis.
O Mato Grosso atualmente tem 7% de seu território ocupado pela agricultura, especialmente as culturas de milho e soja. O agronegócio responde por 70,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Segundo o ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, é preciso aumentar a produtividade, especialmente na pecuária. "Hoje as áreas degradadas de pasto ocupam o mesmo espaço das culturas de grãos."
Antes de deixar a pasta da Agricultura, o ex-ministro declarou que não são necessários novos desmatamentos para expandir a produção agrícola do País.