Geral - Pelo fim da distinção entre as agriculturas
Data:
06/05/2010
Posicionamento da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), promete reacender polêmica no campo. Ao divulgar novo estudo do segmento, ontem, a dirigente partiu em defesa do fim da distinção criada entre a agricultura empresarial e a familiar.
E mais. A senadora contestou as análises que apontam aumento na concentração de terras no Brasil.
- Não é (nosso) objetivo causar conflito entre os dois tipos de agricultura. Não pode haver a agricultura do mal e a do bem - afirmou.
- A ideia é caminhar no sentido de garantir renda para todos que estão no campo - acrescentou.
A CNA divulgou dados do estudo Quem Produz o que no Campo: Quanto e Onde, feito por uma pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento contesta as avaliações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feitas a partir do resultado do Censo Agro 2006, divulgado no ano passado, sobre a área agrícola. De acordo com o estudo da FGV, a agricultura familiar representa 22,9% do valor bruto da produção. Na avaliação do IBGE, soma 38%.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, criticou o estudo apresentado pela CNA.
- O que a confederação fez ao apresentar esse estudo foi recortar parte da agricultura familiar, sem nenhum critério, e daí tirar conclusões.