Milho - Conab prevê elevação na produção de milho no RS
Data:
07/05/2010
Em mais uma divulgação de recorde para a safra 2009/2010 no país, que pode chegar a 146,87 milhões de toneladas, a Conab apontou nova elevação na produção gaúcha de milho. Conforme levantamento apresentado nessa quinta-feira (6) pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com o aumento da projeção de produtividade de 4.468 quilos para 4.680 quilos por hectare nos últimos 30 dias, devem ser colhidos 5,53 milhões de toneladas no Estado, incremento de 30,2% em relação ao ciclo agrícola anterior. A produção do RS está em equilíbrio com o consumo interno, o problema é que a safra nacional também é farta, estimada em 54,18 milhões de t, e isso mantém o preço deprimido ao produtor.
Acompanhamento semanal da Emater aponta que a saca de 60 quilos está sendo negociada por R$ 14,93 no Rio Grande do Sul. Conforme o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, esse valor está abaixo do preço mínimo de R$ 17,46 e não cobre o custo de produção de R$ 19,62, calculado pela Fecoagro. Por isso, ele cobra urgência na definição de mecanismos como o AGF, liberado nessa quinta-feira para PR, GO, MG, SP e MS.
Segundo Ernesto Irgang, gerente da Conab/RS, os dados referentes ao milho são praticamente finais, diferentemente do arroz. Com cerca de 20% da área por colher, a maioria semeada fora do período indicado, os dados serão consolidados somente após a pesquisa a campo que se inicia dia 17. Por enquanto, foi mantida a produção de 6,9 milhões de toneladas, fruto do rendimento de 6.400 quilos por hectare.
A apuração será feita junto a cooperativas, sindicatos, órgãos públicos e privados até 21 de maio e trará a primeira estimativa concreta de queda na intenção de plantio do trigo. No levantamento de nessa quinta-feira (6), a Conab manteve a estimativa da safra passada, de produção de 5.135,4 mil t, sob o argumento que, com a indefinição dos produtores e a semeadura em fase inicial, não é possível precisar de quanto será a redução. Apesar da cautela, o relatório prevê diminuição "considerável" da área em relação ao registrado no ano passado.