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Arroz - Clima pode tornar o arroz vilão da inflação
Data: 10/05/2010
 
Depois da batata, do tomate e do feijão, o preço do arroz corre o risco de se tornar o próximo vilão da inflação. Por questões climáticas, a colheita do produto este ano, estimada em 11,5 milhões de toneladas, deve ficar 1,1 milhão de toneladas abaixo da produção anterior. O consumo previsto do produto no País é de 12,5 milhões de toneladas. O resultado deve ser uma pressão maior sobre os preços ao consumidor, principalmente no próximo semestre. Por enquanto, ainda é cedo para dizer qual será o impacto.

O varejo acaba absorvendo parte do aumento porque o arroz, assim como o feijão, faz parte da cesta básica. "Deve haver uma pressão nos preços ao consumidor, mas não dá para mensurar quanto", destacou a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Silvia Miranda. Na avaliação de analistas do mercado de arroz, os preços do cereal subiram, em média, de 1% a 1,5% a cada semana durante o período de colheita, o que não é normal porque a oferta tende a ser maior. "O produtor não vende, à espera de preços melhores", explica. A "meta" do setor produtivo é conseguir R$ 33 por saca de 50 quilos de arroz. Os preços atuais chegam, no máximo, a R$ 30 por saca.

O analista alertou, no entanto, que os preços não devem disparar após o fim da colheita, a ser concluída nas próximas semanas. "O consumidor não assimila grandes altas de preços dos produtos básicos", completou. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, ressaltou que a oferta interna e o volume importado todos os anos dos demais países do Mercosul são suficientes para garantir arroz na mesa dos brasileiros. A pesquisadora Silvia Miranda, no entanto, tem dúvidas quanto a isso. Segundo ela, como o estoque de arroz no mercado internacional está baixo, o Brasil terá que disputar com outros países o arroz do Uruguai e Argentina e isso também pode influenciar no preço do produto no mercado doméstico.

Para Renato Rocha, que representa os produtores, mesmo avaliando que o abastecimento interno está garantido, se houver um "pico inflacionário", outros itens serão cortados pelos consumidores de suas listas de compras. "Os supérfluos serão cortados e também haverá a troca de alguns alimentos por outros", argumenta Ele lembra que a "vigilância" do governo acerca dos 13 produtos da cesta básica impede altas expressivas. "Em anos anteriores, o arroz subiu, no máximo, R$ 0,50 por quilo", avalia.

O governo está atento. As avaliações revelam que há motivos para preocupação, especialmente num ano eleitoral. Uma fonte oficial ressalta que o fato de o estoque público ser inferior ao patamar de 2008 pode provocar novas pressões de preços, gerando impacto direto na inflação. Em abril de 2008, o estoque de arroz do governo era de 1,6 milhão de toneladas e foi insuficiente para conter a alta desenfreada dos preços. Até o final de março deste ano, segundo números da Conab, o estoque correspondia a 989,802 mil toneladas, volume que segundo a Federarroz é suficiente para um mês de consumo.

Normalmente, esse estoque, comprado pelo governo para garantir preço ao produtor, também é usado para evitar alta excessiva de preço ao consumidor devido à quebra de safra ou ainda especulação de mercado. Neste mês, por exemplo, a Conab vai realizar leilões de parte de seu estoque de feijão para impedir uma disparada ainda maior dos preços ao consumidor. O feijão, assim como o arroz, impacta diretamente no bolso dos brasileiros de menor renda. Atualmente, os estoques de alimentos da Conab somam 7,704 milhões de toneladas. Nos últimos dois anos, esses estoques cresceram consideravelmente. Isso porque, em 2008, período em que o país registrou uma forte alta dos preços dos alimentos, o governo detinha 1,965 milhão de toneladas.

Segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, apesar dessa recuperação, os estoques são ainda insuficientes para atender aos milhões de brasileiros que passaram a comprar mais com o aumento do poder aquisitivo conquistado nos últimos anos. Para Porto, uma ampliação mais consistente dos estoques esbarra, por exemplo, na falta de locais para armazenagem. "O Brasil ainda continua em uma situação vulnerável no setor agrícola", frisou.

Segundo ele, muitas vezes, o governo precisa liberar os armazéns dos agricultores num período em que o mercado de transporte está mais aquecido, acarretando custos elevados para os cofres públicos. No Rio Grande do Sul, Estado que abastece 62% do mercado interno, a colheita está atrasada por causa do clima. "Em alguns lugares, o grão será colhido em junho e, por causa do frio, a qualidade será menor", lembra Regina Santos, analista de mercado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A aquisição externa de arroz está estimada em 1,2 milhão de toneladas. O produto importado provém do Mercosul. (Fabíola Salvador e Edna Simão - AE)


Fonte: Cruzeiro do Sul
 
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