Após registrar em abril a primeira variação negativa mensal desde julho do ano passado, o IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado -, iniciou o mês de maio novamente em alta.
A valorização média do indicador foi de 0,48% na primeira quadrissemana do mês, puxada pelo comportamento das cotações no grupo formado por seis produtos de origem animal. Este subiu 0,71%, com forte influência da recuperação dos leites B (4,67%) e C (4,32%). As carnes bovina e suína também subiram - 3,36% e 1,14%, respectivamente -, e houve quedas para a carne de frango (7,45%) e para os ovos (0,79%).
O grupo de produtos de origem vegetal, composto por 14 itens, também voltou a subir. A alta média foi de 0,71%, com forte peso da disparada do feijão (30,39%). Segundo o IEA, a escalada continua . "No período de colheita da safra das águas, os preços não estiveram remuneradores e desestimularam (ou atrasaram) os plantios da safra subseqüente (período das secas), em especial em São Paulo e Paraná, gerando escassez".
Conforme o instituto, "até a colheita da safra da seca em curso e o plantio da safra de inverno, nada indica possibilidade de haver refluxo desta escalada altista. Ressalte-se que, nessa gangorra agora, o consumidor paga mais caro, mas a renda agropecuária bruta não se mostra maior".
Além do feijão, também subiram na primeira quadrissemana de maio no grupo dos vegetais as cotações de algodão, amendoim, arroz, café, cana, laranja para indústria, milho e soja. Houve baixas para banana nanica, laranja para mesa, tomate para mesa e trigo.