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Arroz - Mercado retraído e leve baixa nos preços do arroz
Data: 17/05/2010
 
Uma silenciosa queda-de-braço entre oferta e demanda, provocada por leve retração nos negócios entre indústria e varejo, a partir do final de abril, do fluxo de importações e aumento das vendas pelos produtores pressiona os preços internos

Os preços do arroz no Sul do Brasil registraram uma leve queda na segunda semana de maio, confirmando uma queda de 1,54% sobre os valores registrados ao final de abril. Segundo o indicador Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BVMF, na última sexta-feira uma saca de 50 quilos (58x10) colocada na indústria gaúcha era cotada a R$ 28,29. Em dólar, equivale a US$ 15,67, uma queda de 5,24% na primeira quinzena do mês, refletindo em muito as oscilações cambiais provocadas pela crise econômica grega e os sobressaltos nas bolsas internacionais.

Na semana, o indicador apontou média de R$ 29,38 para a saca de 50 quilos do produto em casca comercializada em território gaúcho, com retração de 0,7% nos preços. Em dólar, equivale a US$ 15,92, a mesma média da semana anterior.

Em território gaúcho a semana mostrou uma silenciosa, mas evidente, queda-de-braço entre a oferta do produtor e a demanda industrial por matéria-prima. Uma leve queda nos volumes demandados pelo varejo brasileiro, a partir do dia 20 de abril, começou a refletir nas ações das indústrias, que passaram a receber mais arroz a depósito nos últimos 30 dias, e percebem a inquietação do produtor que finalizou a safra. Esse trata de realizar operações de venda para fazer caixa ou aproveitar as cotações antes que corra o risco de perder a oportunidade com uma eventual queda nos preços. Pressionada por um varejo altamente exigente em preços e menos demandante, a indústria repassa o que pode para o produtor. Algumas, inclusive, saíram do mercado alguns dias, como argumento de baixa.

A informação de que o fluxo de importações do Mercosul aumentou nos últimos dias, principalmente referindo-se ao Nordeste brasileiro e a São Paulo, bem como a queda de até 25 dólares nos últimos 30 dias nas cotações do Uruguai e da Argentina, também afeta o mercado. O ponto positivo foi uma alta entre 10 e 20 dólares nas cotações do arroz asiático (tailandês e vietnamita) neste mesmo período. Uma ligeira desvalorização do Real frente ao Dólar dos Estados Unidos, em razão de duas semanas tensas nas bolsas mundiais, pela crise na economia grega e seus reflexos na União Européia, concorreram para esse cenário cambial.

Ainda assim, pressionados pela demanda brasileira e a agressividade dos asiáticos, bem como a entrada dos Estados Unidos em alguns mercados que já estavam fidelizados, os países do Mercosul precisaram se reposicionar em relação ao mercado. O Uruguai enfrenta dificuldades para manter mercados do Oriente Médio em razão de questões pontuais e operacionais em alguns dos seus grandes clientes dessa zona importadora.

A pisada de bola da semana é a medida adotada pelo governo argentino para assegurar competitividade a “fórceps” para sua indústria nacional, proibindo a comercialização, naquele país, de alimentos importados similares aos que lá são produzidos. A medida afeta diretamente o Brasil, principal parceiro comercial dos argentinos, que já vê caminhões com alimentos impedidos de entrar no país vizinho.

O governo brasileiro já avisou que poderá retaliar e exigiu explicações do parceiro comercial, ao mesmo tempo em que na cadeia arrozeira surgiram informações de que o Brasil poderia adotar medidas restritivas à importação de arroz argentino. Por hora, é muito mais um boato para se forçar uma alta interna do que propriamente uma possibilidade. Naturalmente se sabe que o governo brasileiro não tem interesse em retaliações comerciais, pois trabalha com uma política de liberalidade comercial e aproximação de outros blocos e países para garantir os bons resultados no mercado externo.

COTAÇÕES

Em meio a este cenário, houve ligeira queda nos preços do arroz nas praças gaúchas e catarinenses. No Rio Grande do Sul, preços médios entre R$ 28,00 e R$ 28,50 na maioria das regiões, com maior impacto de baixa nos pólos industriais onde algumas indústrias se retiraram do mercado alguns dias da semana passada. Cachoeira do Sul, Santa Maria e outros municípios da Depressão Central, com safra mais atrasada, mantêm preços levemente superiores às demais praças para a compra de arroz em casca, na faixa de R$ 28,20 a R$ 28,40. Pelotas e Camaquã operam com valores médios de R$ 28,75 para o arroz colocado na indústria.

As variedades nobres alcançam média de R$ 32,00 no Litoral Norte gaúcho. O Sul catarinense trabalha com cotações mais baixas, na faixa de R$ 27,70 a R$ 28,00 a saca, apesar de algumas perdas por “grãos falhados” na reta final de colheita. O Rio Grande do Sul encaminha o final da sua colheita, com algo entre 5% e 8% dos grãos ainda na lavoura, dependendo da fonte (Emater/RS ou Irga).

MECANISMOS

A boa notícia da semana para o setor produtivo foi a publicação das regras e autorização no Diário Oficial da União do edital que autoriza os leilões dos mecanismos de comercialização do governo federal para o arroz. A Conab ratificou a disponibilidade de recursos para socorrer o produtor em caso de uma baixa nos preços que se aproxime do preço mínimo (R$ 25,80). Os contratos de opções teriam um referencial de, aproximadamente, R$ 30,50 para o início de outubro. Esse referencial é visto como um fator de estabilidade nos preços pelos produtores.

Os principais analistas gaúchos apostam num maio entre estável e com cotações levemente abaixo dos padrões da segunda quinzena de abril (versão confirmada na primeira quinzena de maio), em razão dos cenários já expostos. As negociações para aumentar a TEC para “proteger o mercado do Brasil” do arroz de terceiros mercados, bem como as demandas por um PEP exportação, seguem bem travadas no âmbito do governo. Quase ao mesmo passo que a liberação de recursos subsidiados para os produtores que amargaram perdas na safra com o “El Niño”. O momento, para o produtor, ainda é de ofertar apenas pequenos lotes e buscar média de preços.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), indica cotação média de R$ 29,00 para a saca de arroz em casca (para tipo 1) no Rio Grande do Sul. A saca de 60 quilos do produto beneficiado é valorada em R$ 58,00. Ambos os valores estáveis. Estabilidade também nas cotações dos derivados. A saca de 60 quilos de canjicão é cotada a R$ 23,00, R$ 18,00 é a média referencial da quirera (60kg) e a tonelada de farelo de arroz manteve-se em R$ 240,00.

Fonte: Planeta Arroz
 
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