As estimativas do governo dos Estados Unidos para a safra de milho do país impulsionaram as cotações da commodity na Bolsa de Chicago. Ontem (10), o Departamento de Agricultura (USDA) revisou para baixo sua projeção para os estoques do cereal, sinalizando oferta mais ajustada na próxima safra. O contrato de milho com vencimento em julho - o mais negociado - subiu 1,48% e fechou a US$ 3,4325 por bushel.
O USDA estima que ao final da safra atual, a 2009/10, que vai até setembro, os estoques serão de 40,71 milhões de toneladas - em maio a previsão era de 44,14 milhões de toneladas. Analistas interpretaram essa queda como um provável aumento do consumo, especialmente para produção de etanol.
Neste último relatório, o governo projetou demanda de milho para álcool combustível 3,4% maior do que esperava em maio. Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima do etanol.
A elevação da perspectiva oficial para consumo de etanol também se refletiu nos preços do açúcar em Nova York. Isso ocorre porque o usineiro pode escolher entre a produção de um ou de outro, e os mercados andam juntos. O açúcar para entrega em julho subiu 1,32%. No mesmo sentido foi o petróleo, que subiu 1,48% e terminou no nível mais alto em quatro semanas, a US$ 75,48 por barril. O petróleo mais caro tende a melhorar a competitividade do etanol.