O excesso de umidade em regiões produtoras de grãos do Canadá influenciou os preços futuros na Bolsa de Chicago. O trigo foi a commodity com maior alta. O contrato com vencimento em julho subiu 2,10% e fechou a US$ 4,6125 por bushel. Canadá e Estados Unidos são importantes exportadores do cereal.
Desde o fim da semana passada, projeções indicam que o Canadá terá safras menores de trigo e cevada por causa das intensas chuvas nesta primavera no Hemisfério Norte. A Câmara Canadense de Trigo avaliou recentemente que, devido às dificuldades para plantio, a área plantada com trigo neste ano pode ser a menor desde 1971 e 18% inferior à de 2009/10.
A provável redução da área com o cereal e, consequentemente, a menor produção estimularam especuladores, principalmente fundos, a se desfazer de apostas na queda dos preços (posições vendidas). Eles acreditam que parte da demanda internacional se voltará para os Estados Unidos, em substituição ao Canadá. Alguns analistas acreditam em preços sustentados ao menos temporariamente.
A chuva na América do Norte também prejudica o plantio de canola, cujo óleo compete com o de soja. Esse fator, somado à expectativa de que a China compre mais oleaginosa dos Estados Unidos, puxou a alta de 0,87% na soja para entrega em julho. O milho seguiu os dois mercados e subiu 0,71%.