O clima favorável à safra de milho dos Estados Unidos limita possível reação dos preços futuros da commodity na Bolsa de Chicago. Ontem (22), o contrato do produto com vencimento em dezembro caiu 0,73% e fechou a US$ 3,72 por bushel. Esses lotes se referem à colheita da safra que acabou de ser plantada.
Alguns analistas arriscam dizer que as chuvas recentes no Hemisfério Norte vão afetar o rendimento das lavouras de milho dos Estados Unidos, mas de modo geral a expectativa é de que a safra 2010/11 atinja volume recorde. O Departamento de Agricultura (USDA) avalia que 75% da safra apresenta boas condições e estima produção de quase 340 milhões de toneladas.
A queda do milho na sessão de ontem influenciou negativamente o trigo, negociado na mesma bolsa. O contrato setembro se caiu 0,31%. Os dois cereais andam juntos porque ambos são usados como ração. E os fundamentos também são negativos para o trigo, que tem oferta superior à demanda neste momento.
No caso da soja, investidores venderam contratos que vencem em julho (referente à safra que está no fim) e compraram novembro (nova safra). O objetivo é aproveitar a diferença de valor entre um e outro, hoje de quase 30 cents. Assim, os contratos fecharam sem direção comum: julho subiu 0,23% e novembro caiu 0,32%.