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Geral - O caminho para o tratamento de sementes
Data: 29/8/2016

A cada planta de soja perdida por metro quadrado, em função do uso de grãos mal tratados no plantio, estima-se um prejuízo médio de R$ 250 a R$ 300 por hectare; setor é potencial no Sul
Paulínia / Cascavel - À frente da Fazenda Monday há 17 anos, o agricultor João Henrique Caetano nunca viu um replantio que tenha dado certo. Pelo mesmo motivo, as sementes usadas nas lavouras de soja, milho e trigo, assim como o adubo, demandam uma atenção especial.
Temos que manter o investimento em sementes para evitar o replantio , conta o produtor da cidade de Cascavel, no oeste do Paraná. Logo na entrada da propriedade de 46 anos e 580 hectares de agricultura, o cereal ainda verde é quem faz a recepção.

Antigamente, os próprios trabalhadores da Monday utilizavam um galpão para misturar os grãos, que seriam plantados, com agroquímicos para ajudar na mitigação de riscos por pragas e doenças durante a safra.

Esse sistema de tratamento de sementes, denominado on farm, entrega um nível de proteção 30% inferior, quando comparado ao processo industrial, conhecido como TSI. Mesmo assim, pelo menos 65% dos produtores da Região Sul o utilizam e, de acordo com o gerente da Bayer SeedGrowth, Siegfrid Baumman, no Centro-Oeste o percentual é ainda maior.

Pelas fazendas do Paraná, Caetano afirma que é comum encontrar pessoas que executam o sistema sem seguir os critérios descritos pela fiscalização sanitária, como o uso de equipamentos de proteção e respeito à quantidade adequada de produtos químicos. Até mesmo em sua propriedade, o divisor de águas foi um problema trabalhista. Há dois ou três anos, passei a pedir para que as empresas viessem aqui para fazer o tratamento profissional. A partir da safra 2015/ 2016, optei por comprar a semente já tratada industrialmente , lembra.

A introdução de tecnologia na Monday aconteceu gradualmente, por isso, é difícil mensurar o ganho exato de produtividade. Foi implantado um plantio uniforme, com melhoria de qualidade em todos os insumos, o que, para Caetano, garante 50% da produção.

Para 2016/2017, todos os insumos já foram adquiridos com recursos próprios e devem sobrar entre 10% e 15%. A estratégia é sempre comprar antecipadamente para barganhar melhores preços.

Processo industrial

O TSI chegou ao Brasil em 2010 por meio da Bayer. Hoje, se popularizou na indústria, com amplo potencial de crescimento. A companhia alemã aposta na verticalização: os agroquímicos utilizados no tratamento, assim como as sementes, são da empresa.

Todos os equipamentos, software, laboratório e estoque de peças encontram-se em uma unidade localizada em Paulínia (SP), onde são realizados os treinamentos dos chamados multiplicadores, próximo elo da cadeia que fará a venda das sementes tratadas.

É o caso da Plantar, a fornecedora de sementes da fazenda Monday, também do município de Cascavel. Há 2 anos, a parceria entre a sementeira e a Bayer aumentou com a entrada máquina que faz o TSI. Ao DCI, o representante técnico de vendas da Plantar, William Chinaider, disse que o equipamento, fornecido pela indústria sem custo, vale em torno de US$ 500 mil. Só em infraestrutura, para recebê-lo, foram gastos cerca de R$ 500 mil, com recursos próprios. Agora, são tratadas industrialmente 600 sacas ao dia.

Ao agricultor, este tipo de semente tem um custo 15% superior, em relação ao insumo convencional. Porém, além da mistura com agroquímicos, há uma etapa de recobrimento que fixa o produto na semente, evitando perdas. O processo não descarta o calendário de aplicações de defensivos foliares, por exemplo, mas reduz significativamente o risco.

A perda de uma planta de soja por metro quadrado gera um prejuízo financeiro médio de R$ 250 a R$ 300 por hectare , explica o diretor da Bayer SeedGrowth, Roberson Lima, sobre as falhas ocasionadas por mau tratamento de sementes, que abrem precedentes para as pragas e doenças.

Após o ingresso nesse nicho, houve um incremento de 20% nas vendas da Plantar, que comercializa sementes de soja, trigo e aveia. Nosso faturamento está dividido em 70% das áreas agrícolas e 30% veterinárias. Neste ano, a estimativa é atingir R$ 300 milhões, alta de 20% em relação a 2015 , projeta Chinaider ao DCI. Segundo o executivo, a companhia espera crescer justamente no setor de sementes.

A área de plantio da sementeira é de 2 mil hectares entre Paraná e Santa Catarina e, nesta safra, a expectativa é tratar 30 mil sacas. Como a produção própria não compreende toda a demanda, produtores da região fornecem o insumo com os devidos padrões de qualidade. Para tanto, a companhia oferece uma bonificação de R$ 0,80 por quilos ao produtor. Há quem forneça 40 mil quilos de sementes, ou seja, receba R$ 32 mil só em prêmio, fora o preço praticado pelo produto.

Quando os grãos não chegam de acordo, são vendidos por menor valor agregado, para outras finalidades que não o plantio. Só no ciclo de 2016/ 2017 foram descartados 5 mil sacos de 40 quilos - com isso, deixaram de entrar no caixa da empresa R$ 130 por saca. Todo o cuidado é válido. Há 5 anos nosso índice de reclamações é zero , conclui o executivo da Plantar. /A repórter viajou a convite da Bayer
Fonte: DCI On Line
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