A ministra alemã da Agricultura, Julia Kloeckner, disse que o herbicida glifosato provavelmente não terá apoio suficiente para obter uma nova autorização para uso na União Europeia após 2022. A Alemanha não deve seguir a Áustria, cujo parlamento recentemente votou pela proibição de produtos contendo glifosato, disse Kloeckner em entrevista ao Der Tagesspiegel, apontando que a liberação da substância pela UE dura até 2022.
O glifosato é um tema polarizador na Alemanha, sendo que a Bayer AG adquiriu o Roundup junto com a compra da Monsanto, o herbicida mais vendido do mundo, cujo ingrediente ativo é o glifosato. Desde então, a gigante alemã de medicamentos e produtos químicos perdeu três tentativas nos Estados Unidos de pessoas que alegavam que o Roundup causou o câncer e suas ações despencaram quase 40%.
As leis da UE exigem que as empresas que desejam manter a aprovação do glifosato apresentem um pedido até 15 de dezembro, três anos antes do vencimento da autorização atual. Nesse cenário, as Agências na França, Hungria, Holanda e Suécia são responsáveis por realizar a avaliação inicial dos pedidos, que buscarão manter o defensivo químico em pleno funcionamento nesses países.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, um braço da Organização Mundial de Saúde com sede em Lyon, na França, classificou o glifosato como um provável carcinógeno em 2015, uma alegação que a Bayer rejeita. A empresa diz que outros estudos e reguladores, tanto em pesquisas financiadas pela própria empresa quanto àquelas realizadas por institutos independentes mostraram que o produto químico é seguro.
Fonte: Agrolink