A supercultura do arroz dourado, que é um organismo geneticamente modificado (OGM), poderia ter salvado milhões de crianças ao redor do mundo, segundo informou o pesquisador e escritor Ed Regis. Ele publicou um livro chamado "Arroz dourado: o nascimento ameaçado de um superalimento transgênico". 

O arroz dourado é o resultado de nove anos de pesquisa, experimentação e desenvolvimento. O "ouro" era de fato o betacaroteno, uma substância que é convertida em vitamina A no corpo humano. As plantas convencionais de arroz já continham betacaroteno, mas apenas em suas folhas e caules, não nos grãos.  

O arroz dourado também carrega o composto mencionado na parte da planta que as pessoas comem (o grão). Essa pequena mudança transformou o arroz dourado em um milagre da nutrição: o arroz pode combater a deficiência de vitamina A em áreas do mundo onde a condição é endêmica e, portanto, "salvar um milhão de crianças por ano". 

Por um lado, o arroz dourado é um organismo geneticamente modificado (OGM ou transgênico) e, como tal, é dominado por toda a bagagem política, ideológica e emocional que tem sido associada aos OGM: excesso de regulamentação, medo e hostilidade do organismo. governo e críticas (muitas delas sem fundamento) a ambientalistas e outras organizações e indivíduos ativistas. Para muitos, esse atraso prolongado foi excessivo e provocou reações tão extremas quanto as reivindicações hiperbólicas dos oponentes dos OGM. 

“Se o arroz dourado não tivesse enfrentado condições regulatórias muito restritivas, poderia ter sido cultivado por produtores de arroz e distribuído em algumas das regiões mais pobres do sul e sudeste da Ásia. Já teria salvado milhões de vidas e impedido que milhões de crianças ficassem cegas”, diz ele. 

Fonte: Agrolink