De acordo com a TF Agroeconômica, o mês de dezembro está coberto nos moinhos do Rio Grande do Sul. Além disso, não há pressão de demanda e o produtor já vendeu o que precisava até final do ano. “ Tecnicamente o preço "lateralizou". Janeiro sempre é um mês ruim de negócios, retomada de festas, verão, praia etc. Provavelmente manterá preços, porque já tem moinhos comprados para o mês todo”, comenta.

“Sobre a possibilidade de o trigo ir para ração, as fábricas estão focadas no milho, que  chega no estado, vindo do Centro Oeste, a R$ 82/83/saca. O trigo, para entrar no blend, precisaria de 10% de desconto. Então, resumindo: ração só tomaria se fosse R$ 1.250 CIF, então por agora, não vai nada para ração, salvo lotes bem pontuais”, completa.

Em Santa Catarina, foram registradas ofertas a 1.290/1.300, com preços estáveis a curto e médio prazo. “As poucas ofertas que houve a R$ 1.280,00 foram rapidamente absorvidas  e não existem mais. Neste momento os vendedores pedem entre R$ 1.290 e R$ 1.300,00,  tentando voltar para este último. Com moinhos bem abastecidos, tanto pela entrada da safra local, como por compras na baixa que os preços tiveram nos últimos dias no RS, não há mais pressão de demanda a curto prazo”, indica.

O trigo gaúcho acabou pressionando o trigo paranaense, mas é temporário. “O trigo paranaense veio para baixo com as ofertas de trigo gaúcho chegando no estado ao redor de R$ 1.370,00, embora em volumes insignificantes. Com isto, os compradores recuaram,  diante da diversidade de ofertas. Os lotes variaram de 500/1.500tons. Por outro lado, como as cooperativas mantiveram inalterados os preços de balcão os produtores ainda não sentiram a movimentação do mercado disponível”, conclui.

 

Fonte: Agrolink