Segundo o Agrolink Fito a antracnose é uma das doenças de maior importância da cultura do feijoeiro, podendo causar perdas de até 100%. A doença ocorre em locais de temperatura baixa a moderada (de 13 a 27 °C) e alta umidade (acima de 91%). Ela é causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum (Glomerella cingulata) e o sintoma da doença ocorre normalmente seis dias após a infecção e pode ser observado em toda a parte aérea da planta. Causa lesões necróticas de coloração marrom-escura nas nervuras na face inferior da folha e na parte superior das folhas. Estas lesões também podem ser produzidas no caule, vagens e nos pecíolos.
Nas vagens, as lesões iniciam como pequenas manchas e crescem gradativamente no sentido longitudinal, são circulares, deprimidas, de tamanho variável, com centro claro bordos escuros e salientes, circundado por um anel pardo-avermelhado. Os sintomas nas vagens, além de diminuir o rendimento, podem causar manchas nos grãos, depreciando seu valor de mercado, podendo inviabilizá-lo para o consumo.
Um projeto mantido pelo Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), em Caçador (SC), está investigando a seleção de genótipos de feijão de alta produção e com resistência a patógeno causador da antracnose.
O projeto de iniciação científica está sendo desenvolvido pela acadêmica do curso de Agronomia, Bruna Gustmann Lazzaretti sob a orientação da professora doutora Nicole Trevisani. A pesquisa começou a ser desenvolvida em fevereiro e terá duração de 12 meses.
De acordo com Bruna, a resistência genética é uma estratégia eficiente utilizada em programas de melhoramento, em que a partir da seleção inicial entre diferentes genótipos e a hibridação destes genótipos resistentes selecionados com cultivares de alto potencial produtivo, resulta em novos genótipos, agronomicamente superiores.
Estão sendo avaliados dez genótipos a campo, quanto a resistência a antracnose, por meio de uma escala diagramática de notas, proposta pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). Após essa etapa inicial, serão realizados cruzamentos manuais, entre genótipos resistentes e cultivares produtivas. A expectativa é que os resultados finais da pesquisa, trarão informações importantes aos produtores rurais da região Sul.
Fonte: Agrolink