No mercado do milho no Rio Grande do Sul, os produtores têm sentido no bolso o efeito de um dólar mais valorizado, para o bem e para o mau, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Nesta segunda-feira, a Fecoagro lançou sua estimativa de custos para a soja e milho, que segundo o órgão, devem ser 25% maiores na safra 21/22, e que foram 27,3% maiores em relação à temporada passada”, comenta.
“O mercado não apresentou grandes novidades no dia de hoje, e os lotes que vimos na segunda-feira praticamente venceram os dias sem negócios. De um lado, compradores buscam por outros produtos para substituição, e de outro, o produtor capitalizado não abre mão de melhores negócios. Indicações em Marau a R$ 101,00 mais ICMS, e Passo Fundo a R$ 97,00 no CIF diferido”, completa.
Em Santa Catarina o mercado está sem movimentações. “O governo de Santa Catarina lançou esta semana uma campanha de conscientização para os produtores visando a eliminação do milho que nasce após a colheita, de forma “’espontânea’, também conhecido como milho guaxo. O motivo é que este milho pode ser o hospedeiro da cigarrinha. A campanha foi lançada durante o 1º Encontro Sul-Brasileiro de Fitossanidade, e envolve também outras questões, como a janela ideal de plantio”, indica a consultoria.
No Paraná os vendedores ganham força para ‘sentar’ em cima do milho. “Na semana passada, falamos sobre os reajustes do Deral em relação às lavouras de milho paranaense, o que parece que deu força para que vendedores ‘sentassem’ em cima dos lotes de milho que restam. E eles têm lá sua razão, diga-se de passagem: no espaço de pouco mais de um mês – de 6 de abril até 11 de maio – as lavouras ‘derreteram’ em qualidade, passando de um percentual de boas em 92%, até 25% em seu último boletim. As lavouras ruins, por sua vez, cresceram em termos percentuais de 1% para 30%, uma situação bastante preocupante”, conclui.
Fonte: Agrolink